A castidade feminina após o casamento

Observamos todos os dias novelas, filmes, livros, revistas, propagandas e seriados fazendo apologia à mulher sedutora, que adora sexo, que vai a caça do seu parceiro, que é participativa e exigente na área sexual.
A prática em um consultório de aconselhamento passa bem longe disto.  O trabalho diário com mulheres trazendo diversos tipos de conflitos mostram que a questão sexual somente aparece como dificuldade secundária em suas vidas.
Na sua maioria a conclusão é de que por elas poderia não existir sexo no casamento. Parte delas faz sexo apenas como obrigação e por medo de perder o parceiro. Iniciam a atividade com aversão e terminam na tolerância.
Fazem relatos de que não tem desejo e que não gostam da aproximação que o parceiro realiza, pensam em diversas coisas no momento (a maioria negativas em relação ao ato),  sentem desconforto e percebem que tem dificuldade de iniciar e gostar do princípio do ato mas depois acabam curtindo.
Mas para muitas mulheres isto não é um problema, elas apenas aceitam o fato de terem que cumprir sua obrigação e se resignam a isto.
Estes relatos não são excessão e sim o feijão com arroz de um consultório, o que nos faz perguntar quais as causas destas dificuldades tão comuns na sexualidade feminina?
Pode ser que tenham sido geradas por séculos de repressão as mulheres, pela caça as bruxas, pela crença medieval de que a mulher precisa ser submissa, que é inferior e é a fonte do mal humano. Ou pela necessidade de diferenciação entre Eva (pecadora), Virgem Maria (pura e casta) e Maria Madalena (pecadora arrependida), sendo nos dias de hoje observadas pela diferenciação entre mulher para ficar e mulher para casar feita pelos homens. Poderiam ser motivadas por histórias pessoais particulares, por crenças culturais e religiosas, pelo sentimento de não serem perfeitas como as fotos de mulheres em revistas aparentam ser, por sentimentos conflitantes de não permitir a dominação masculina, etc
Enfim, as razões podem ser muitas, mas o efeito no universo sexual feminino é o mesmo: desânimo, sentimento de obrigatoriedade, culpa e sensação de inadequação.
A terapia buscará ressignificar as crenças internas em relação ao ato sexual, aproximar a mentalidade feminina do entendimento da mentalidade masculina, ancorar sensações de prazer, diminuir o efeito de lembranças desagradáveis, fazer uma higiene mental na hora da atividade sexual, criar novos padrões e objetivos pessoais em relação ao sexo de acordo com o perfil de cada mulher.
A maioria obtém resultados positivos com estas abordagens e garantem para si, uma vida sexual mais vibrante e satisfatória.

Postagens mais visitadas deste blog

Terapia de metáforas (Clean language)

Crianças brilhantes ou Crianças Monstros

Irregularidades da Vida