O príncipe infeliz




Era uma vez um príncipe que vivia em seu castelo cercado por muralhas e por obstáculos que o mantinham em absoluta segurança.

Através de muitas batalhas, muito esforço e muito trabalho este príncipe enfim conquistou seu próprio castelo.

La ele vivia com sua família  e executava todas as suas tarefas com muito esmero. Era um homem responsável, dedicado à família, trabalhava em suas obrigações de estado e com isto mantinha  financeiramente o castelo. Também era o organizador das atividades do castelo e da família e ainda, dava suporte emocional para todos que lá viviam.

Como um príncipe legitimamente perfeccionista, assumia todas as atividades para que tudo fosse feito à sua maneira. Ignorava a possibilidade de delegar atividades a outros membros do castelo e com isso, sobrecarregava-se desnecessariamente.

Também gostava de manter o controle sobre tudo o que ocorria com seus familiares e seus súditos. Inevitavelmente, sentia-se sempre cansado, sobrecarregado e muitas vezes injustiçado, pois fazia tanto por todos e mesmo assim ouvia reclamações e comentários negativos.

Ele era mais que perfeito e eficiente, mas um mal estar e a uma agonia insistiam em viver em seu coração.

Ele olhava sua vida e checava para ver se não estava esquecendo nada e se estava correspondendo as suas próprias expectativas assim como as expectativas dos demais.

Cada demonstração de insatisfação interna ou externa era suficiente para iniciar seu mal estar.

Certo dia, um velho de barba branca, capa cumprida, com ar sábio pediu abrigo no castelo.

O príncipe, intrigado com aquela figura e, ao ver sua idade, decidiu abrigá-lo para conhecer mais este senhor.

O senhor recebeu uma refeição quente no aconchego do fogo, bebida para relaxar, vestes confortáveis e ouviu o príncipe e sua família a noite toda. Mesmo com todos esses cuidados o velho não emitiu nenhuma palavra.

Quanto mais silêncio o velho fazia, mais o príncipe falava. Todo aquele silêncio intrigava ainda mais o príncipe.

Ao final da noite, o príncipe já demonstrando cansaço após muito conversar, decidiu perguntar ao senhor o porque ele não havia falado nada.

O senhor então respondeu:
Há momentos difíceis em que a solidão e o silêncio se tornam meios de liberdade.
...Então pediu licença e foi repousar no lindo cômodo preparado pelo príncipe.

Estas palavras ecoaram fundo no coração do príncipe e esta verdade o tornou consciente de que,
para ele se libertar da escravidão do perfeccionismo, da necessidade de aprovação alheia e do sentimento de infelicidade deveria buscar no silêncio, na quietude e na solidão as verdades escondidas em seu coração.

No agito do dia-a-dia, ele se perdia nas tarefas do mundo real e anulava seu mundo interno, rico em ensinamentos e conforto para sua alma.



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Dra Ana Claudia de Lima – Terapias de Vanguarda

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